A verdadeira fé não se intimida com os obstáculos, pois confia e descansa no poder de Deus.
Objetivo do Sermão: O objetivo do sermão expositivo em Números 13:25-33 é ensinar que a fé verdadeira não se mede pelo tamanho dos obstáculos, mas pela grandeza do Deus que prometeu; assim, diante dos gigantes, somos chamados a crer em Sua palavra, resistir ao medo e avançar na obediência.
Mensagem Central: A mensagem central de Levítico 19:1-4 é a diferença de expectativa, fé e positividade entre os espias que temeram segundo a visão e Josué e Calebe que confiaram segundo a fé: uns viram gigantes maiores que Deus; outros viram um Deus maior que os gigantes.
Introdução:
Todos nós enfrentamos gigantes: medos, crises, diagnósticos, pressões, pecados persistentes – todos temos os nossos “gigantes”.
O povo de Israel, às portas da Terra Prometida que é Canaã e, antes da bênção da terra prometida precisaram enfrentar gigantes literais – é como aquele dia bonito de céu azul e sol prometido após um tempo de tempestade. A questão central não era o tamanho dos inimigos, e sim a perspectiva espiritual de cada um. Por isso a pergunta: o que fazer quando a fé é maior que os gigantes?
Narrativa – Compreendendo o Texto Bíblico:
Israel chegou a Cades-Barnéia, no deserto de Parã. Doze espias foram enviados a explorar a terra por 40 dias, foi nessa ocasião que foram salvos por uma prostituta chamada Raabe. Eles voltaram com frutos abundantes (cacho de uvas carregado por dois homens) confirmando a fertilidade da terra. Mas dez deles espalharam temor, destacando cidades fortificadas e povos gigantescos, descendentes dos enaquins. Apenas dois — Josué e Calebe — afirmaram que a terra era possível de ser conquistada, pois Deus havia prometido. A geografia: Cades ficava ao sul de Canaã, perto do Neguebe, rota de acesso para Hebrom, terra dos enaquins. O contraste cultural: para os cananeus, gigantes simbolizavam invencibilidade; para os israelitas, o desafio era reconhecer o Senhor como o verdadeiro guerreiro que vence as batalhas que não podemos vencer – a fé aqui é crucial, sem ela, sem terra prometida.
O texto nos ensina três respostas fundamentais. O que fazer diante de más notícias?
Em Primeiro lugar diante de más notícias CREIA (v.27–29)
Tenha fé na promessa de Deus, não no relatório do medo. Os espias reconhecem que a terra “mana leite e mel”, mas colocam um “porém” — focam nas fortalezas e nos gigantes – os olhos não estão no Deus que prometeu a terra, estão nos habitantes e na diciculdade de conquistar a terra. Este “porém” (efes) tem força de anulação — eles neutralizam a promessa de Deus com a visão humana – seria algo como “é excelente, mas não é para nós”.
Os enaquins eram associados a povos altos e guerreiros; o imaginário popular os via como invencíveis, muito mais do que realmente eram, é como quando você pega um pequeno problema e transforma ele em algo intransponível – nós sabemos como isso funciona.
- Aplicação: quantas vezes reconhecemos as bênçãos de Deus, mas acrescentamos “porém” que nos separa da bênção? Fé maior que os gigantes não nega a realidade, mas escolhe confiar na promessa divina acima do medo – se Deus prometeu é nosso.
Em Segundo lugar diante de más notícias RESISTA (v.30–32)
Aprenda a resistir à visão distorcida pelo medo que gera paralisia. Calebe “faz calar o povo” e diz: “Subamos e possuamos a terra, porque certamente prevaleceremos”. O verbo hebraico yakol (“prevalecer”) é intensificado — indica plena capacidade pela promessa de Deus. Já o relatório dos dez espias “derrete” o coração do povo. Você deve perceber que o povo se dá mais com as más noticias, mais com as noticias negativas do que com as positivas.
Eles ainda intensificam o problema – “Somos como gafanhotos” é hipérbole cultural do Antigo Oriente, comparando-se ao nada diante dos gigantes. É linguagem de autodepreciação extremam, veja que não só existe um problema a ser vencido como o povo se vê pessoalmente incapaz de resolver o problema depois de uma notícia desanimadora. Nem sempre o conselho correto está com a maioria, a maioria dos Espias aqui está errado. Lembre-se que foi a maioria que escolheu Barrabás e mandou matar Jesus.
- Aplicação: quando você se vê como gafanhoto, esqueceu quem é o seu Deus. Resistir à visão distorcida significa alinhar sua perspectiva à verdade de Deus.
Em Terceiro diante de más notícias AVANCE (v. 33)
Aprenda a avançar confiando que Deus é maior que qualquer gigante que se apresente na sua trajetória. “Ali vimos os gigantes… éramos como gafanhotos”. Mas para Josué e Calebe, o foco não estava nos gigantes, mas no Senhor que vence gigantes. A palavra “gigantes” (nefilim) provavelmente refere-se a povos de grande estatura e reputação militar – A expressão ressalta o contraste humano-divino. Nós veremos Golias mais a frente, provavelmente eles tem a mesma estatura – veja que um gigante destes consegue amedrontar um exército inteiro e apenas Davi tem fé suficiente para se colocar em posição contra ele – e faz isso confiante no nome do Senhor.
Geografia e conexão futura: Hebrom, onde os gigantes habitavam, seria posteriormente conquistada por Calebe (Js 14.12–15). O mesmo homem que creu no relatório da fé viu a promessa cumprida.
- Aplicação: fé maior que os gigantes não espera a ausência do obstáculo, mas avança porque sabe que Deus já deu a vitória.
O Messias e o Evangelho no Sermão:
Assim como Israel foi chamado a confiar em Deus diante dos gigantes, Cristo enfrentou o maior de todos os gigantes que amedronta seu povo até nossos dias: o pecado e a morte. Ele não recuou diante do impossível, mas avançou em obediência até a cruz. Em Jesus, o Calebe perfeito, temos a vitória definitiva sobre o poderoso inimigo. A promessa da terra aponta para a herança eterna em Cristo, onde nenhum gigante poderá nos derrotar.
Conclusão:
Gigantes existem, mas não são maiores que o Senhor. Dez espias viram derrota, dois viram promessa. A diferença está na fé. Fé maior que os gigantes crê na promessa, resiste à visão distorcida e avança confiando em Deus.
O que fazer quando a fé é maior que os gigantes? Crer na promessa, resistir ao medo e avançar confiando que Deus já venceu.